O sóbrio
Saí da taverna, de papo pro ar,
Mas senti o chão sob meus pés balançar...
O lado direito, o esquerdo, qual é?
Ó rua, estás bêbada, por minha fé!
Lua, que estranha imagem é a tua!
Olhas tão vesga para a minha rua...
Ó velha amiga, tu estás embriagada –
Isto não te fica bem, camarada!
E os lampiões, que visão deprimente!
Nenhum só está firme, ereto, decente!
Todos oscilam pra cá e pra lá –
Cada um deles bêbado qual um gambá!
Tudo balança, é a maior confusão!
Sóbrio só resto eu, meu irmão!
Graça não tem eu aqui bater perna:
Acho melhor eu voltar pra taverna.
(Poema anônimo traduzido do inglês)
Um caldeirão de poemas – 62 poemas traduzidos, adaptados ou escritos por Tatiana Belinky
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